sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Audiência Pública debate os impactos do fechamento de escolas no campo

A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) em parceria com a Comissão de Direito à Educação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Pa) e do Fórum Paraense de Educação do Campo (FPEC) realizaram nesta sexta-feira (27/09) uma audiência pública para debater o fechamento de escolas do campo.
"O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que eles tem direito à educação, mas num flagrante descumprimento do ECA, as secretarias de educação do Estado e dos municípios justificam o fechamento dessas unidades dizendo que não há número suficiente de alunos para manter essas escolas, e isso não possui nenhum respaldo na legislação vigente", destacou o deputado Carlos Bordalo. "Afinal, o que justifica a abertura de uma escola com 100 ou 1000 alunos? Tem algum critério que justifique isso?", questiona o parlamentar, conclamando o público presente na Audiência Pública: "Nenhuma escola a menos, no campo ou nas cidades", exclamou Bordalo.
Para Marcelo Costa, da Comissão de Educação da OAB, "a demanda relativa ao enfrentamento do fechamento de escolas é de 1ª hora. Nossa comissão foi criada neste ano em defesa do direito fundamental à educação", afirma o advogado. "Essa política de fechamento de escolas explica porque o Pará ocupa hoje a 14ª posição em desenvolvimento e os últimos lugares nos critérios de avaliação da educação. É uma tragédia social, com impacto direto no nosso desenvolvimento e nos níveis de pobreza e desigualdade social em nosso Estado", lamenta Marcelo Costa.
O professor Salomão Hage, coordenador do FPEC, falou que, quando se analisa os dados dos últimos cinco anos (2014-2018) os números são alarmantes. "Em todo estado, nesses últimos cinco anos, 1.700 escolas foram fechadas. 75% desse total eram escolas de comunidades rurais e na sua grande maioria escolas municipais, escolas multisseriadas, unidocentes, que atendem poucos estudantes devido ao tamanho das comunidades que enfrentam problemas com acessibilidade".
Segundo o professor Salomão, "a audiência é mais um momento no processo de mobilização, para tentar sensibilizar os gestores públicos a cumprirem a Lei. Não exigimos nada além disso", destacou.
A Lei n°12.960/2014 regulamenta o fechamento de escolas em comunidades rurais, indígenas e quilombolas, mas muitas dessas unidades estão sendo fechadas sem atender os critérios que a legislação estabelece como avalia Hage.
"Esse número exorbitante de escolas que são fechadas sem ouvir a comunidade, como a Lei determina, sem um laudo que apresente impacto desse fechamento na vida das pessoas, dos estudantes, das famílias, das comunidades. O Conselho Estadual de Educação e os Conselhos Municipais de Educação, eles deveriam ser consultados; deveriam apresentar o laudo, como estabelece a lei para que uma escola seja fechada".
A audiência reuniu gestores de secretarias e integrantes de conselhos municipais e estadual de educação; promotores e defensores públicos, representantes de organizações governamentais e não governamentais, de movimentos sociais e sindicais, professores e estudantes das universidades e redes de ensino para fortalecer as ações de combate ao fechamento de escolas e pela construção de escolas no campo. A deputada Marinor Brito também participou do evento. 
INEP - De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) cerca de 100 mil escolas, em 15 anos, entre os anos de 2000 e 2015, foram fechadas em todo o país. Deste total, 5.355 escolas somente no Estado Pará, sendo 4.411 no campo e 944 na área urbana.
Os dados do Censo Escolar do INEP revelam um total de 1.701 escolas extintas e 2.000 escolas paralisadas no Estado do Pará, entre os anos de 2014-2018.
Em 2018 das 438 escolas extintas no Pará, 369 era do campo. É o que aponta o censo escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), dados apurados pelo Fórum Paraense de Educação do Campo (FPEC).
Ainda segundo informações do FPEC, em 2018, Prainha foi o município que mais fechou escolas rurais, um total de 40 unidades de ensino, seguido de Alenquer (38), Breves (37), Itupiranga (32), Marabá (29), Bagre (21), Conceição do Araguaia (19) e Belém (18).
Durante a Audiência Pública, representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) fizeram uma manifestação em defesa da educação para todos no campo.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

IX SICAT Semana de Integração em Ciência, Arte e Tecnologia



Submissão de Trabalhos

Prazo de submissão

23 de setembro a 07 de outubro de 2019

Modalidade

Resumo simples (de 250 a 500 palavras)

https://www.even3.com.br/sicat2019/

Área Temática:

1. Técnicas ou processos sustentáveis de uso dos recursos naturais
Pesquisas que apresentem modelos de uso dos recursos naturais, como florestas, matas, oceanos sem o comprometimento das gerações futuras, possibilitando a médio e longo prazo um planeta em condições favoráveis para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana.

2. Atividades produtivas com baixo impacto ambiental
Pesquisas que apresentem modelos de produção que permitam conservar a biodiversidade, diminuir a dependência de recursos não-renováveis, minimizar o impacto ambiental, transformar processos produtivos e industriais, aproveitar resíduos.

3. Educação para a formação cidadã com foco no Desenvolvimento Sustentável
Pesquisas voltadas ao desenvolvimento de ações que contribuam para a formação crítica, política, econômica, social por meio de políticas curriculares, processos educativos e práticas pedagógicas que contribuam para o Desenvolvimento Sustentável

4. Tecnologia da Informação e Comunicação aplicados ao Desenvolvimento Sustentável
Pesquisas voltadas às aplicações da computação, tais como processamento de dados, biotecnologia, redes de comunicação, tecnologia verde, desenvolvimento de software ou aplicativos que contribuam para o desenvolvimento sustentável.

5. Desenvolvimento Sustentável para promoção da Qualidade de Vida na Amazônia
Pesquisas voltadas para avaliação e/ou mensuração dos impactos resultantes de ações provenientes de atores públicos ou privados na região amazônica que modificam a qualidade de vida da população.

6. Institucionalização de normas e/ou políticas para promoção do Desenvolvimento Sustentável
Pesquisas voltadas para avaliação e/ou mensuração dos impactos resultantes da instituição de leis e políticas públicas na região amazônica que geraram impactos no âmbito social, ambiental e/ou econômico. Instituídas ou aplicadas por meio de ações governamentais, não governamentais e/ou sociedade civil organizada.

Abertas inscrições do Pense Grande Digital

Preenchimento de formulário digital pode ser feito até 30 de setembro;
Transforme sua ideia em um negócio social e colabore com o jogo. Pensar grande pode ser também empreender resolvendo um problema de sua comunidade. Com o seu celular você pode iniciar sua jornada empreendedora. Conheça o Pense Grande Digital e comece tirar sua ideia do papel!

Confira abaixo informações sobre o pense grande!
1) Quem pode participar?
Todos os jovens acima de 15 anos de idade que desejam ter atitudes empreendedoras para contribuir com novas soluções e oportunidades para si e para suas comunidades e precisam de ajuda para isso. Podem se inscrever pessoas que já tenham ou não participado de alguma formação do Pense Grande.
Para esta versão Beta, os primeiros que se inscreverem ocuparão as 120 vagas. Para os demais, temos 120 vagas. Ocuparão as vagas aqueles que se inscreverem primeiro. Os seguintes ficarão em lista de espera, em caso depara possíveis desistências.

2) Qual é o objetivo da formação?
O Pense Grande Digital é uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo que tem como missão fomentar a cultura do empreendedorismo de impacto social com o uso de tecnologia para jovens das periferias brasileiras.
Trata-se de uma formação que deseja incentivar e dar apoio ao jovem e seus negócios, para que criem e implementem novas soluções e oportunidades para transformação de suas vidas e das pessoas ao seu redor, resolvendo problemas ou necessidades de suas comunidades.

3) Qual deverá ser minha dedicação?
Estimamos que o jogo exija de você 20 horas de trabalho por mês. As atividades podem ser feitas na hora que for melhor pra você, mas existem prazos para entregas.

4) O que vou aprender?
Mais do que conteúdos, o Pense Grande Digital se preocupa em desenvolver as competências necessárias para um empreendedor. Assim, ao longo da jornada você aprenderá a:
Reconhecer sua história e refletir sobre suas emoções, paixões e prazeres;
Relacionar sonhos e necessidades, traçando objetivos de vida;
Compreender o empreendedorismo e o empreendedorismo social;
Enxergar oportunidades e desafios a serem resolvidos na sua comunidade;
Saber mapear cenários e propor soluções;
Levantar e testar hipóteses;
Estruturar planos e ideias;
Formar equipes e trabalhar de forma colaborativa;
Promover ações de divulgação e marketing;
Mobilizar pessoas em torno de seu empreendimento/ideia.

5) Quais são as ferramentas básicas para a jornada?
Será preciso ter um smartphone com acesso à internet, seja wi-fi ou dados móveis de uma operadora. É possível ativar o mode off-line, para ler os conteúdos. Mas para fazer as atividades será preciso estar conectado à internet.

6) Terei algum custo?
A formação é completamente gratuita, e você ainda vai ganhar um presente, caso atinja o Pico da Neblina!
7) Como a formação está estruturada?
A formação é um jogo de aventura que tem como objetivo fazer uma excursão ao Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil. Por meio dessa metáfora, você vai percorrer uma jornada com desafios, medalhas e muita colaboração com seus companheiros de viagem. Ao final, você terá um plano de negócio pronto para ser colocado em prática.
Teremos 12 fases do jogo, que são abertas ao longo da jornada. Você terá leituras, vídeos, atividades de campo e poderá trocar ideias com os outros participantes na rede social do jogo, além de contar com a facilitação e o apoio de mentores.
O que faço para começar?
Para começar, você precisa se inscrever, preenchendo o formulário a seguir. Depois, basta aguardar as informações que receberá por e-mail no dia do início do jogo. Com essas informações, você vai baixar o aplicativo no seu celular e está dada a largada.
9) Quando?
O jogo terá início em 07/10/2019 e término em 02/02/2020.
Você poderá fazer sua inscrição até 30/09.
Inscreva-se já:

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Décimo Seminário Internacional de Investigacíon em Educación Rural

Com o Cenário existente no Brasil, fazer Pesquisa e Publicar, fortalecer o tripe da educação (ensino, pesquisa e Extensão) cada dia que se passa, e com os cortes de verbas das Universidade ficam cada vez mas Difícil. Com os movimento sociais também não está fácil.
Neste sentido, conto com sua contribuição e sensibilidade para o Fortalecimento da Divulgação da Pesquisa realizadas nas Casas Familiares Rurais do Estado do Pará, através da Pedagogia da Alternância e Educação do Campo no Décimo Seminário Internacional de Investigacíon em Educación Rural no período de 06 a 08 de novembro de 2019 em Uruguai

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Embarque nesta causa, juntos por uma Educação do Campo e de Qualidade.




https://www.vakinha.com.br/vaquinha/pedagogia-da-alternancia-e-educacao-do-campo?utm_campaign=facebook&amp%3Butm_content=720114&amp%3Butm_medium=button&amp%3Butm_source=VkCreated&fbclid=IwAR1VygSRxK1uaGyDpUy7KhG0GRefeyANdmlkSJlhOfeytIowL_MSmtS4NJs

SEMINÁRIO " DESAFIOS À PROTEÇÃO DE DIREITOS NA REGIÃO DO PARÁ"HUMANOS


Audiência Pública sobre o fechamento de Escolas no Campo

Participação de Dra. Débora Duprat - Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão. Por iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, da Comissão de Direito à Educação da Ordem dos Advogados do Brasil/Seção Pará e do Fórum Paraense de Educação do Campo – FPEC, com o objetivo de reunir gestores de secretarias municipais e estadual de educação, integrantes de conselhos municipais e estadual de educação, promotores e defensores públicos, representantes de organizações governamentais e não governamentais, de movimentos sociais e sindicais, professores e estudantes das universidades e redes de ensino para fortalecer as ações de combate ao fechamento de escolas e pela construção de escolas no campo De acordo com dados do INEP o Brasil fechou mais de 100 mil escolas, em 15 anos, entre os anos de 2000 e 2015. Deste total, 5.355 escolas no Estado do Pará, sendo 4.411 no campo e 944 na cidade. A partir de demandas da Sociedade Civil a Lei Federal no 12.960, de 27/03/2014 acrescentou ao art. 28 da Lei nº 9.394/2006 (LDB), o Parágrafo Único que prevê:
 “O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar”. Em descumprimento ao que estabelece a Legislação os dados do Censo Escolar do INEP revelam um total de 1.701 escolas extintas e 2.000 escolas paralisadas no Estado do Pará, entre os anos de 2014-2018. 
A Audiência, com vistas à observância da legislação educacional vigente, formulará propostas e ações efetivas que assegurem o direito fundamental à educação dos povos tradicionais e camponeses no Estado do Pará.
Local: Auditório João Batista da ALEPA Data: 27 de Setembro de 2019 (sexta-feira) Horário: 14h00 às 18:00h